terça-feira, 31 de maio de 2011

O jogo sujo do onguismo e os fatos num artigo de Aldo Rebelo


O deputado Aldo Rebelo (PC do B-SP) fez um grande trabalho na atualização do Código Florestal. Está, por isso, comendo o pão que o diabo amassou. Há uma verdadeira máquina organizada de petistas e verdes para moer a sua reputação, com a pressurosa ajuda das ONGs, que, atenção!, passam de mil só na Amazônia. São aquelas mesmas que lutaram bravamente pela demarcação contínua de Raposa Serra do Sol, em Roraima, com a expulsões dos arrozeiros.
Fez-se o que elas queriam. Os empresários agrícolas foram para o subemprego, uma boa parcela de índios foi para a favela, e a produção de arroz despencou. Mas elas ficaram felizes, e o ministro Ayres Britto, do STF, deve estar satisfeito com a ajuda prestada àqueles que ele chamou em seu relatório de “aborígenes”… Aborígenes com sobrenome Souza, Silva, Carvalho, Oliveira…
A mesma turma está conjurada agora para tentar impedir a atualização do Código Florestal. Como todos os seus argumentos são falaciosos, resta o caminho da mentira e da desqualificação. Publico abaixo um artigo de Aldo Rebelo, que narra uma certa reunião em que certos “comandos” foram decididos. Peço que vocês prestem atenção a seus argumentos, que até agora não foram contraditados por ninguém. Vale a pena ser lido. Volto depois.
O Código Florestal e a quinta coluna
Conta a lenda que, ao cercar Madri durante a Guerra Civil Espanhola, o general Emilio Mola Vidal, ao ser questionado sobre qual das quatro colunas que comandava entraria primeiro na cidade sitiada, respondeu: “A quinta coluna”. Mola referia-se aos seus agentes, que, de dentro, sabotavam a resistência republicana.
Durante a Segunda Guerra Mundial, a expressão tornou-se sinônimo de ações contra o esforço aliado na luta para derrotar o eixo nazi-fascista. A quinta coluna disseminava boatos, procurava enfraquecer e neutralizar a vontade da resistência e desmoralizar a reação contra o inimigo.
Após a votação do Código Florestal, no último dia 24, um restaurante de Brasília acolheu os principais “cabeças” das ONGs internacionais para um jantar que avançou madrugada adentro. A Câmara acabara de aprovar, por 410 x 63 votos, o relatório do Código Florestal e derrotara de forma avassaladora a tentativa do grupo de pressão externo de impedir a decisão sobre a matéria. O ambiente era de consternação pela derrota, mas ali nascia a tática da quinta coluna moderna para pressionar o Senado e o governo contra a agricultura e os agricultores brasileiros. Os agentes internacionais recorreriam à mídia estrangeira e espalhariam internamente a idéia de que o Código “anistia” desmatadores e permite novos desmatamentos.
A sucessão dos fatos ilumina o caminho trilhado pelos conspiradores de botequim. No último domingo, o Estado de S. Paulo abriu uma página para reportagem assinada pelas jornalistas Afra Balazina e Andrea Vialli com a seguinte manchete: “Novo Código permite desmatar mata nativa em área equivalente ao Paraná”. Não há, no próprio texto da reportagem, uma informação sequer que confirme o título da matéria. É evidente que o projeto votado na Câmara não autoriza desmatamento algum. O que se discute é se dois milhões de proprietários que ocupam áreas de preservação permanente (margem de rio, encostas, morros) devem ser expulsos de suas terras ou em que proporção podem continuar cultivando como fazem há séculos no Brasil, à semelhança de seus congêneres em todo mundo.
No jornal O Globo, texto assinado por Cleide Carvalho procura associar o desmatamento no Mato Grosso ao debate sobre o Código Florestal, e as ONGs espalham por seus contatos na mídia a existência de relação entre o assassínio de camponeses na Amazônia e a votação da lei na Câmara dos Deputados. OGuardian de Londres publica artigo de um dos chefetes do Greenpeace com ameaças ao Brasil pela votação do Código Florestal. Tratam-nos como um enclave colonial carente das lições civilizatórias do império.
As ONGs internacionais consideram toda a área ocupada pela agropecuária no Brasil, passivo ambiental que deve ser convertido em floresta. Acham razoável que milhões de agricultores sejam obrigados a arrancar lavoura e capim e plantar vegetação nativa em seu lugar, em um país que mantém mais de 60% de seu território de áreas verdes.
A “anistia” atribuída ao relatório não é explicada pelos que a denunciam, nem a explicação é cobrada pela imprensa. Apenas divulgam que estão “anistiados” os que desmataram até 2008. Quem desmatou até 2008? Os que plantaram as primeiras mudas de cana no Nordeste e em São Paulo na época das capitanias hereditárias? Os primeiros cafeicultores do Pará, Rio de Janeiro e São Paulo no século 18? Os colonos convocados pelo governo de Getúlio Vargas para cultivar o Mato Grosso? Os gaúchos e nordestinos levados pelos governos militares para expandir a fronteira agrícola na Amazônia? Os assentados do Incra que receberam suas terras e só tinham acesso ao título de propriedade depois do desmatamento?
É importante destacar que, pela legislação em vigor, são todos “criminosos” ambientais submetidos ao vexame das multas e autuações do Ministério Público e dos órgãos de fiscalização. Envolvidos na teia de “ilegalidade”, estão quase 100% dos agricultores do país por não terem a Reserva Legal, que a lei não previa, ou mata ciliar, que a legislação de 1965 estabelecia de cinco a 100 metros e, na década de 1980, foi alterada para 30 até 500 metros.
Reconhecendo o absurdo da situação, o próprio governo, em decreto assinado pelo presidente Lula e pelo ministro Carlos Minc, suspendeu as multas em decorrência da exigência “legal”, cujo prazo expira em 11 de junho e que provavelmente será reeditado pela presidente Dilma.
O governo e o País estão sob intensa pressão da desinformação e da mentira. A agricultura e os agricultores brasileiros tornaram-se invisíveis no Palácio do Planalto. Não sei se, quando incorporou à delegação da viagem à China os suinocultores brasileiros em busca de mercado no gigante asiático, a presidente tinha consciência de que quase toda a produção de suínos no Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Paraná está na ilegalidade por encontrar-se em área de preservação permanente.
A Câmara dos Deputados, por grande maioria, mostrou estar atenta aos interesses da preservação ambiental e da agricultura, votando uma proposta que foi aceita por um dos lados, mas rejeitada por aqueles que desconhecem ou precisam desconhecer a realidade do campo brasileiro. O Senado tem agora grande responsabilidade e o governo brasileiro precisa decidir se protege a agricultura do País ou se capitulará diante das pressões externas que em nome do meio ambiente sabotam o bem-estar do nosso povo e a economia nacional.
VolteiRendo aqui uma homenagem a Aldo — e isso não implica que amanhã não possamos discordar; é da civilização! — porque ele foi o único deputado a cobrar, formalmente, do presidente da Câmara, Marco Maia (PT-SP), uma reação institucional à agressão de que a Casa foi vítima quando o deputado Cândido Vaccarezza (PT-SP), líder do governo, classificou de “vergonha” uma emenda que se votava ali, deixando claro que falava em nome da presidente Dilma Rousseff.
Maia fez de conta que não ouviu o agravo e a exigência do desagravo. Assim caminhamos.
Por Reinaldo Azevedo


Fontes:

segunda-feira, 9 de maio de 2011

Neguinho da Beija-Flor está a um passo do PCdoB

O sambista Neguinho da Beija-Flor pode ser o mais o novo filiado do PCdoB no Rio de Janeiro. “A decisão de Neguinho sai até a próxima semana. Mas os comunistas dizem que, de 0 a 10, é 9 a chance de o sambista entrar no PCdoB”, informa a jornalista Thais Arbex.

Segundo Thais, um dos articuladores das negociações com Neguinho é o também sambista Thobias da Vai-Vai, que se filiou ao PCdoB em março. Na semana passada, Thobias esteve com Neguinho no Rio para incentivá-lo a ingressar no partido e ser candidato a prefeito de Nova Iguaçu, na Baixada Fluminense, em 2012.  

Outras quatro legendas já fizeram essa mesma proposta ao puxador da escola de samba Beija-Flor de Nilópolis, campeã do Carnaval carioca neste ano. Neguinho esperava tomar uma decisão até abril — mas o convite do PCdoB foi uma das razões pelas quais ele adiou sua definição partidária.

Um fator que pode pesar a favor da adesão de Neguinho ao PCdoB é a crescente identificação de sambistas populares com os comunistas. Além de Thobias da Vai-Vai e sua companheira, Elizeth Rosa, também são filiados ao partido Martinho da Vila, Leci Brandão, Renê Sobral, Netinho de Paula e Eliana de Lima. O último ícone do samba a entrar no PCdoB foi Arlindo Cruz, recém-filiado no Rio de Janeiro.

sexta-feira, 6 de maio de 2011

Na tribuna, alerta para a defasagem de mão de obra qualificada

luciano_tribunaalepe2

Nesta quinta-feira (05), o deputado Luciano Siqueira (PCdoB) ocupou a tribuna da Assembleia Legislativa para manifestar sua preocupação com a atual carência de mão de obra qualificada em Pernambuco, evidenciada a partir da instalação no Estado de um novo ciclo de desenvolvimento.

Em seu pronunciamento o parlamentar comunista registrou também as iniciativas do governo federal no sentido de capacitar profissionais e estudantes brasileiros para o mercado de trabalho, citando como exemplo a recente criação pelo governo Dilma do Pronatec – Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego.

“Nós atravessamos cerca de duas décadas e meia que, do ponto de vista econômico, são consideradas pelos técnicos como “perdidas”. Fruto, em grande parte, de orientações do governo neoliberal que prevaleceram até o início de 2000, e resultaram, entre outros prejuízos, na grande defasagem de mão de obra qualificada observada neste momento em que a sociedade brasileira experimenta a retomada do desenvolvimento econômico”, disse o parlamentar.

Luciano lembrou que o governo federal, em articulação com os governos estaduais e as prefeituras, juntamente com outras instituições formadoras de pessoal, tem tomado inciativas no sentido de superar essa defasagem.

“Entre essas iniciativas, se destaca a criação pelo governo da presidenta Dilma do Pronatec. Pensado inicialmente para agregar a formação profissional ao ensino médio convencional, no sentido de que o aluno saia da escola tendo agregado também a capacitação para o mercado de trabalho, o programa foi ampliado para atender também a trabalhadores desempregados reincidentes no seguro desemprego, que a partir de agora serão encaminhados para uma das instituições do sistema “S” (Senai, Senac, Sesc e Sesi) ou outra instituição pública relacionada com a formação técnica”.

“Nós que aqui na Casa representamos o povo de Pernambuco e estamos sintonizados no momento de crescimento econômico que Pernambuco vive e das exigências do mercado de trabalho decorrentes deste novo ciclo, devemos dar importância a esse programa e contribuir para que ele possa ter êxito em todos os municípios e em prol do nosso Estado”, reafirmou.

Segundo ainda o parlamentar, o projeto de lei do governo Dilma propondo a ampliação do Pronatec está tramitando no Congresso Nacional em regime de urgência.

PRONATEC

O Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego (Pronatec), lançado no dia 28 de abril pela presidenta Dilma Rousseff, tem como meta oferecer, até 2014, oito milhões de vagas na educação profissional para estudantes do ensino médio e trabalhadores que necessitam de qualificação.

O programa prevê a ampliação das redes federal e estaduais de educação profissional; pagamento de bolsa-formação para trabalhadores e estudantes; aumento das vagas gratuitas em cursos do Sistema S e a extensão do Fundo de Financiamento Estudantil (Fies) para cursos técnicos. Além do Sistema “S”, as vagas serão oferecidas por instituições públicas e privadas em cursos presenciais e à distância.

Trabalhadores reincidentes no seguro-desemprego serão recrutados para participar dos cursos profissionalizantes. A frequência do aluno será controlada e ele só receberá o benefício se comparecer às aulas.

Já os alunos do ensino médio que quiserem combinar a escola com cursos profissionalizantes receberão uma bolsa-formação caso não consigam vaga em instituição pública. O valor da bolsa vai variar de acordo com o curso escolhido. Os beneficiários serão definidos pelos sistemas estaduais de ensino e estudarão essencialmente em escolas do Sistema S. Serão ofertadas 3,5 milhões de bolsas- formação nos próximos quatro anos. O Pronatec também incluirá os beneficiários do Bolsa Família.